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domingo, 31 de dezembro de 2006

Oppidum

Não podia deixar passar, aqui, em claro o lançamento da revista Oppidum numa edição (muito bem graficamente) da Câmara Municipal de Lousada, apresentada no passado dia 29 de Dezembro na Biblioteca Municipal. Merece, obviamente, uma menção honrosa, muitos parabéns e votos de muito sucesso e longevidade. É uma revista que se prende com a Arqueologia, a História e o Património, sensibilizando para a importância das coisas do passado numa combinação premente de compreender o presente, sob pena de comprometer o futuro.
É precisamente aqui, no contexto do futuro, que faço alusão à revista interligando-a com o nosso projecto de escola. É verdade que a questão do património é um vector (política educativa) que atravessa o nosso Projecto Educativo; património musical no nosso caso, mas não deixa de ser património e história. Com certeza que a nossa região também é rica neste âmbito e quem sabe no próximo número da revista possamos ver incluído algum artigo a focar a música que aqui se fazia, se fez… ou se faz.
A ideia de preservar o nosso legado musical da tradição oral (âmbito nacional), de criar a nossa identidade de escola no contexto regional, é com certeza património, assim como a história do Conservatório do Vale do Sousa deve ser encarada e reconhecida sob o ponto de vista de valor de intervenção social e cultural e consequentemente património da nossa região. Através da nossa identidade cultural, das nossas raízes, da «razão genuína» como dizia José Afonso, queremos fazer desta escola um símbolo de sucesso com base na nossa portugalidade. É rico o nosso legado da tradição oral e deve-se através dele implementar políticas socio-culturais que o preserve e divulgue para as gerações vindouras, por forma a não perder a nossa identidade cultural neste mundo cada vez mais globalizado e em constante mudança.
O grupo Concentus Allavarium deu um toque neste âmbito recriando e divulgando música da época renascentista que se encontra compilada nos nossos Cancioneiros e fez o elo de ligação entre a revista e o património musical português.
Refira-se que num passado recente, mais concretamente a partir da década de 70 do século anterior, por influência de um movimento geral de recuperação dos elementos tradicionais e nacionais mais significativos - para o qual contribuiu trabalhos como «Cavaquinho» (1981), «Braguesa» (1983), «O meu Bandolim» (1992), de Júlio Pereira, entre outros - a Viola Braguesa, o Cavaquinho, o Bandolim e outros instrumentos da nossa identidade cultural começaram a integrar novos grupos musicais urbanos representando o exemplo vivo de uma antiga forma renovada. Contudo, passado a ênfase, a apoteose do momento, voltou-se a cair na negligência, no esquecimento, quiçá na morte anunciada, por culpa de todos, certamente, mas muito por culpa das políticas culturais dos sucessivos governos, ou melhor, pela falta delas.
Hoje, num mundo multicultural atravessando sucessivas e rápidas mudanças, é nossa opinião que a reinvenção socio-cultural destes instrumentos deverá passar pela escola, na sala de aula, aproveitando a interdisciplinaridade da música para a sua revitalização e integração da sociedade, toda a sociedade, de ontem e de hoje… porque é preciso pensar amanhã!

domingo, 24 de dezembro de 2006

Boas Festas

É a primeira vez que participo neste blog e faço-o para desejar a toda a comunidade do Conservatório do Vale do Sousa um Santo Natal com tudo a que têm direito e umas boas entradas no novo ano que aí vem.
Aos meus queridos alunos, aproveito para dizer que espero que o Pai Natal lhes traga além de tudo aquilo que lhe pediram, um pouco mais de responsabilidade e vontade de estudar, principalmente Formação Musical, para atingirem o sucesso desejado.
Boas Festas.
Prof. Patrícia Mota

sábado, 16 de dezembro de 2006

Apresentação do Projecto Educativo à Comunidade

Convite
A Direcção Pedagógica do Conservatório do Vale do Sousa tem o prazer de convidar todos os Pais e Encrregados de Educação para a apresentação do Projecto Educativo Eduçação pela Música... e para a Música! que se realizará no dia 19 de Dezembro de 2006 às 21,30 horas no Auditório Municipal de Lousada.
Sendo este um documento de referência para toda a Comunidade Educativa do Conservatório torna-se importante a presença de todos, uma vez que «a participação dos Pais e Encarregados de Educação na vida escolar dos seus educandos é de particular importância para a prossecução do objectivo do nosso Projecto Educativo».

O prometido é devido...

Presépio sempre!


Hoje os olhos tristonhos, levemente,
Num toque de cristal aqui, além,
Caminham entre as ruas lentamente
Entoando cantos: Hinos a Belém!

As montras enfeitadas, lindamente,
De luzinhas, presépio que contém
Imagens belas, nossas, de contente
Respiram preces altas só de bem!

É preciso Natal aqui, agora
Onde num coração triste inda mora
A fome, o frio, a guerra - sou humano -

Nestes versos singelos eu vos peço:
- Derrubem o profundo onde tropeço
E que o presépio dure todo o ano!


António José Ribeiro

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

O Desencantador

Chega-se a esta idade quando se chega
e deita-se contas à vida. Um homem ha-
bitua-se a tanta coisa, até a este exercício
de lavar a intimidade no tanque sem fundo
da escrita. E assim se vai descarnando
a poesia, de desafafo em desabafo, até
à ruína final. Que parceiros para este
jogo das verdadades, para a pontada aguda
entre o riso e o siso. Esbanja um homem
o melhor de si em camas agrestes, em
copos de fel, em mesas de dados
para chegar a este ponto e concluir
que não fez sequer metade do que ameaçou,
que só tem cães vorazes e cobardes
a rondarem-lhe as canelas, que o tão
decantado discurso é apenas o sítio
onde esconde a cara cansada como na infância
numas sais velhas a um canto da casa.
Só os comboios nocturnos a apitarem
pontuais lá em baixo se constituem como
prova de que existe outra realidade
para além do azedume das palavras perfiladas.
Nem sequer tenho a coragem de chegar ao osso.
Porque dói. Porqe deve haver uma ética,
um fingimento nisto tudo. Mas às vezes
o fingimento maior é ser capaz de não fingir,
de cair na noite sem alarido e acordar expurgado
de toda a merda sitiante, do fumo e do escárnio.
Peço desculpa do incómodo e, já agora,
da humildade com que me desculpo Não há
desespero que valha um bom poema. Retratos de
mim faço-os para consumo próprio e alegro-me
quando fico por aqui.


José Jorge Letria, in «O Desencantador de Serpentes», 1984, p. 17.-18.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2006

Projecto Educativo do Conservatório do Vale do Sousa

No próximo dia 4 de Dezembro vai fazer-se história.
Após vários meses de trabalho, de investigações, de muitas conversas, de reflexões, eis que, finalmente, se vai apresentar o Projecto Educativo do Conservatório do Vale do Sousa (primeiro) à comunidade docente, que será o instrumento de referência para o triénio 2006/2009. Este será o documento orientador das políticas educativas que se querem participadas e comungadas, por forma a corresponder positivamente às necessidades da comunidade social. Aqui, se identificam as necessidades, os problemas e se apresentam as grandes linhas de acção em torno das questões fundamentais propondo-se estratégias de desenvolvimento que se mostram reveladoras das nossas preocupações para com os nossos alunos e toda a comunidade do Vale do Sousa, a quem queremos e assumimos dar resposta.
O sucesso depende de todos! Todos juntos somos um só! Por isso contamos com todos para o desenvolvimento deste projecto, desta realidade!

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

A ideia de Projecto

O conceito de projecto foi introduzido na linguagem e no contexto educativo no início do século XX nos Estados Unidos da América, tendo como referência o pensamento de John Dewey (1859-1952), a partir do movimento de educação progressista que se verificou. A educação assentava na experiência e na ideia de uma pedagogia aberta em que o aluno é o actor da sua própria formação através de aprendizagens concretas e significativas. Estamos presente de uma perspectiva construtivista, sócio-interaccionista, que valoriza e estimula a criança a ser o sujeito da acção. Aprender não é só receber uma certa informação e saber repeti-la; é preciso saber interpretá-la e ser capaz de a relacionar com outros conhecimentos, num processo dinâmico de construção e reconstrução.
Em 1897 no seu Credo Pedagógico, Dewey escreveu: «A educação é um processo de vida e não uma preparação para a vida futura. A escola deve representar vida presente – tão real e vital para a criança como aquela que ela vive em casa, no bairro ou no pátio».[1]
É, naturalmente, a fazer que se aprende a fazer e a vida faz sentido a partir de acções que se realizam com base em objectivos significativos para as pessoas, no seu ambiente social, familiar, económico e cultural. Haverá, então, melhor preparação para a vida do que desenvolver na escola, sob a orientação devida, a prática de conceber e executar projectos significativos?
Até aos anos 70, o conceito de projecto não desempenhou um papel relevante na escola. Foi a partir da década de 80 que o projecto reapareceu no primeiro plano das ideias e preocupações educativas. Eis, algumas das razões: «reacção contra o insucesso da pedagogia por objectivos» (Boutinet), que dominou durante as décadas de 60 e 70; e a emergência da formação de adultos, na qual era mais evidente a necessidade de negociar projectos.
No trabalho de projecto há um conjunto de aspectos pedagógicos importantes:
1º -o projecto diz respeito a um problema específico; Cristopher Ormell em 1992 escreveu: «um problema que os alunos gostariam de resolver, (…) sobre o qual podem falar com amigos, (…) do qual de facto valha pena falar».
2º -faz uma abordagem interdisciplinar de uma situação, mobiliza e adquire novos conhecimentos e, ainda, o aspecto cooperativo é um factor importante para a sua realização.
Esta pequena abordagem vem a propósito, depois da aula de grupo do dia 30 de Setembro, em que o meu grupo constituído, ainda, pelo Delfim, Denise e Ana Carreira, definiram currículo como tudo o que acontece na escola de acordo com um projecto próprio tendo em conta os aspectos sócio-económicos, geográficos, políticos e culturais.
Parece-me que esta definição antevia, um pouco, o que se iria passar (e passou) na aula seguinte sobre o tópico: Manifestações culturais e a sua tradução no currículo escolar.
Por outro lado, hoje, fala-se em Projecto Educativo, Projecto Curricular de Escola, Projecto Curricular de Turma, etc. Também no currículo do ensino básico, o trabalho de projecto tem um papel relevante nas experiências de aprendizagens.
[1] ME-DEB (2002, p. 25).

segunda-feira, 20 de novembro de 2006

Concerto de cordas

No passado sábado, dia 18, realizou-se um concerto de cordas pelo grupo "Prince Consort Ensemble" composto por alunos e ex-alunos do Royal College of Music, orientado pela professora Dona Lee Croft, a convite deste Conservatório através do nosso Prof. Silvio Cortez.
Foi fabulosa a sua apresentação, mais diria, que de uma qualidade soberba (apesar da minha ignorância musical, consigo identificar o que é ser um artista ou grupo profissional e bom!).
Foi pena,perdoem este comentário, o público de Lousada não ter comparecido em grande número, pois o público presente era na sua maioria convidados de fora do concelho.
Não devemos deixar fugir estas oportunidades com que nos presenteam com outros tipos de cultura musical e de outras nacionalidades (não querendo menospresar os nossos músicos portugueses!).
Vá lá, deixem-se de "preguiças" e venham aos nossos eventos musicais.
Até ao dia 22 de Novembro Concerto de Stª Cecília (padroeira dos músicos) este concerto tem a participação dos nossos professores e seus convidados. Não percam!

terça-feira, 31 de outubro de 2006

A Cultura

1.1- Cultura

Cultura provem do verbo latino «colere», que designa o facto de cultivar a terra.
Até ao século XV esta expressão serviu exclusivamente para designar o trabalho da terra. Só nos finais do século XIX é que o termo assume o sentido que hoje se lhe dá em Antropologia Cultural e em Sociologia, embora continue como um dos conceitos mais difíceis de tratar.

1.2- Noção de cultura

No sentido corrente designa o conhecimento das obras do espírito: literatura, música, pintura, etc. Neste sentido a cultura está desigualmente distribuída. Certas sociedades ou certas pessoas teriam cultura, enquanto outras não a teriam ou apenas teriam pouca. O termo corrente encontra-se carregado com uma forte conotação etnocêntrica.
No segundo sentido, em Antropologia e Sociologia, tem um significado simultaneamente mais amplo e mais «neutro». Designa o conjunto das actividades, das crenças e das práticas comuns a uma sociedade ou a um grupo social particular. Depois de 1871, o antropólogo Tyler definia a cultura como «um conjunto complexo que compreende os conhecimentos, as crenças, a arte, o direito, a moral, os costumes e todas as outras aptidões e hábitos que o homem, enquanto membro de uma sociedade adquire»[1]. A cultura corresponde, portanto, a um domínio muito vasto, uma vez que ela abrange praticamente todas as actividades criadas pelo homem.

1.3- Definição de cultura

Cultura é educação, educação é cultura.
Cultura é o processo de transformação operado pela sociedade na conduta do homem, em ordem a dotá-lo de maiores possibilidades no que diz respeito à consecução de um nível maior de adaptação e aproveitamento do meio. A cultura é tudo o que o homem adquire ao longo do tempo, em contacto com o meio social, e que transmite às gerações vindouras. Constitui elemento precioso na medida em que lhe prolonga e amplia os magros recursos com que a natureza o dotou, permitindo-lhe sair mais vitorioso da luta a travar com o meio, no intuito de o dominar e transformar.


1.4- A Família como fenómeno cultural

«A família é um grupo caracterizado pela residência comum e pela cooperação de adultos dos dois sexos e dos filhos que eles geraram ou adoptaram» (Robert Murdock, 1949)[2].
A família é uma instituição presente em todas as sociedades humanas e representa um papel fundamental na educação dos seus filhos. Os pais são os primeiros responsáveis pela educação dos filhos e os principais interessados pelo seu bem estar e crescimento saudáveis. No Jardim de Infância o diálogo entre pais e Educadores é fundamental, permite conhecer e compreender melhor a criança. A troca de informação e o encontro no dia a dia são indispensáveis para a articulação entre o Jardim de Infância e a família. Num clima de relação aberta, pais e educadores constroem um espaço de confiança, condição essencial para uma acção educativa participada.
Não é só, obviamente, no Jardim de Infância que esta relação cooperante se deve verificar. É aqui que ela começa e que se deve prolongar durante toda a escolaridade – quiçá toda a vida – tal é a importância da colaboração da família no processo educativo. A escola hoje é uma comunidade educativa. A família deve colaborar no processo educativo do seu educando, cooperando em actividades, acompanhando o seu desenvolvimento escolar e participando nos seus órgãos representativos e associativos.
A família reveste-se de formas e preenche-se de funções extremamente variáveis no tempo e, para uma mesma época, de sociedade para sociedade. A família é, portanto, um fenómeno essencialmente cultural.


[1] Dicionário de Sociologia (1997, p. 93).
[2] Dicionário de Sociologia (1997, p. 164).

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Em torno de currículo

1- O Currículo

Currículo provém do termo latino «curriculum» que significa atalho, percurso, desvio, curso.

1.2- Noção de currículo

Currículo, em pedagogia, é entendido de várias formas:
1- Conjunto de disciplinas;
2- Programas das disciplinas;
3- Plano de estudos;
4- Objectivos a atingir;
5- Tudo o que acontece na escola;
6- Curso.
A escola tem uma função social muito grande. O currículo não pode ficar restringido ao cumprimento de um determinado programa decretado pelo Ministério da Educação. Por isso, todas as actividades programadas pela escola, ou na escola, que tragam momentos de aprendizagens para os alunos são benéficas…são currículo! «O currículo é tudo o que acontece na escola»! (Freitas, 2005)[1]
O currículo tem uma base cultural – é sempre uma selecção de um povo, sempre em evolução mas mantendo necessariamente ligações às raízes.

1.3- Definições de currículo
«Conjunto de aprendizagens socialmente necessárias que à escola cabe garantir» (Roldão, 1997).[2]
«Currículo, curso de vida trilhado durante a educação escolar e universitária, seja no interior das instituições de ensino seja fora delas, mas sempre sob sua orientação ou influência. Currículo é, pois, processo de formação, em que, ao aprender conhecimentos significativos produzidos pela humanidade, assim como os meios de a eles se chegar, ao aprender valores e atitudes, vai-se também aprendendo a ser cidadã/ão, fortalecendo a identidade própria» (Silva, 2005).

«Currículo é um conceito passível de múltiplas interpretações no que se refere e quanto aos inúmeros modos e variadas perspectivas acerca da sua construção e desenvolvimento (Apple, 1997; Carrilho Ribeiro, 1990). Mas, se procurarmos defini-lo diacronicamente, no quadro histórico-cultural da relação da escola com a sociedade, então podemos dizer que currículo é – em qualquer circunstâncias o conjunto de aprendizagens que, por se considerarem socialmente necessárias num dado tempo e contexto, cabe à escola garantir e organizar.
O que se considera desejável varia, as necessidades sociais e económicas variam, os valores variam, as ideologias sociais e educativas variam e/ou conflituam num mesmo tempo – e o currículo escolar corporiza, ao longo dos tempos e em cada contexto, essa conflitualidade. Por sua vez, também contribui para, e interage com, essas várias forças, e dá-lhes forma ao instituir em cânones determinadas aprendizagens e práticas.
(…) torna-se claro que os programas nacionais que todos conhecemos, aprendemos e ensinámos, enquadrados no funcionamento uniforme da escola e do sistema que é o nosso, constituem currículo e corporizam uma determinada forma de o gerir, adequada às finalidades de um longo período da história da escolas e dos sistemas.
Esse currículo, concebido como um conjunto de programas nacionais universais - largamente dominante ainda no contexto do sistema português e não só – começa, contudo, claramente, a não dar resposta às necessidades sociais actuais e sobretudo futuras. Por isso estamos a viver a tão falada mudança. (…) O que importa é saber que mudança estamos a atravessar…
(…) A mudança que as nossas sociedades estão actualmente a viver, no plano educacional, enquadra-se numa dinâmica conjuntural… Esta mudança é caracterizada pela pressão social sobre a escola no sentido de, mais uma vez, ajustar/reconstruir o seu currículo e o modo de o gerir, na tentativa, historicamente sempre repetida, de ajustar a adequação da oferta às necessidades».[3]
[1] Aula do dia 30 de Setembro.
[2] ME-DEB (1999, p. 2).
[3] ME-DEB (1999, pp. 24-25).

1.4- A oferta da escola…
O currículo é, por outras palavras, a oferta da escola ou aquilo que ela proporciona oferecer. E é bom que ofereça sempre e muito de acordo com o seu projecto educativo, tendo em conta o meio geográfico, sócio – cultural, económico e político (Pacheco, A., 2005). A escola é antes do mais o lugar das aprendizagens elementares. A tudo isto, acrescenta-se a transmissão de uma cultura que procura simultaneamente ter em conta as várias culturas e ensinar normas e valores comuns a uma determinada sociedade. Contribui para a redução das desigualdades sociais e é o ascensor social das sociedades meritocráticas.
A escola é o melhor lugar logo a seguir à família, por isso, o currículo convém que seja rico e apelativo.

Publicado no blog, Domingo, Outubro 09, 2005

terça-feira, 3 de outubro de 2006

Celebrar a Música com palavras...

Diferente!
Foi desta forma que o Conservatório do Vale do Sousa comemorou o Dia Mundial da Música.

Nma iniciativa da Professora Rute Cruz a Música brotou, especialmente, das palavras de José Régio, Eugénio de Andrade, Vinicius de Moraes, entre outros poetas, declamados por Professores desta Escola que se empenharam, profundamente, para levar a efeito este espectáculo.
Uma surpresa, sem dúvida, esta dádiva oferecida à comunidade juntando a literatura e a música, numa alusão também a outras artes, permitindo uma comunicação e diferente fruição estética.
O objecto artístico, estético é um produto social e é bom que os nossos jovens se revejam nesta sociedade!

terça-feira, 26 de setembro de 2006

sexta-feira, 1 de setembro de 2006

Ao Serviço

Para início de ano lectivo e depois de uma boas férias - espero - eis a minha recepção de boas vindas...
O acto educativo é o exercício concreto da educação. A confluência da actuação do educador com a reacção do educando, tendo como consequência o acesso deste a um nível de maior perfeição pessoal.
A educação é um processo de aperfeiçoamento no qual se trata de fazer com que um sujeito aceda a níveis superiores na sua existência. O parâmetro do processo é a meta para que aponta o processo, são os fins da educação, os quais, correspondendo a um estado ideal desejado, a alguns valores pretendidos, se especificam em alguns objectivos da educação. É preciso conhecer exactamente o sujeito educando: a sua possibilidade e necessidade de ser educado. Esta informação sobre o sujeito - as suas circunstâncias pessoais de tipo psicológico, social e cultural – é também determinante do processo, para que saibamos o que podemos e devemos fazer com ele: os fins educacionais são função não apenas de exigências objectivas – ideais e sociais - , mas também da natureza do sujeito.
O conhecimento do sujeito cabe em boa parte às Ciências da Educação: Psicologia da Educação, Sociologia da Educação…; o conhecimento do Fim proporcionam-no a Filosofia da Educação e a Axiologia Pedagógica, constituindo o problema «essencial» próprio da tecnologia pedagógica. A determinação dos meios educativos é um problema derivado, simples questão de tecnologia: uma vez conhecidos o destino e destinatários do processo, os métodos condutores e operativos estabelecem-se por mera dedução.


Referência bibliográfica

Cabanas, J. M. Q. (2002). Teoria da educação. Concepção antinómica da educação. Porto: ASA Edições.

terça-feira, 4 de julho de 2006

II Festival de Interpretação Musical




No passado sábado, 1 de Julho, realizou-se o II Festival de Interpretação Musical, na Praça das Pocinhas.

As alunas Joana Rafaela Oliveira Sequeira e Ana Catarina Gonçalves Oliveira, obtiveram o Primeiro Prémio no respectivo escalão.

De entre os 13 participantes, as referidas alunas alcançaram o brilhante resultado graças ao mérito individual, mas também pela formação musical alcançada durante todo o percurso feito neste Conservatório do Vale do Sousa (ex. Academia de Música da ACML).

Para além da experiência de cantar para um vasto público e de serem acompanhadas por uma Banda constituída por profissionais, estas alunas receberão um prémio equivalente a uma bolsa de estudo durante um ano neste Conservatório.

De salientar ainda, o investimento e aposta da Câmara Municipal de Lousada em eventos que engrandecem a cultura e em especial a arte musical.

A todos os participantes os parabéns pela coragem de enfrentar o público e excelente desempenho. Às vencedoras aqui fica o desejo de um proveitoso usufruto do prémio recebido.

sábado, 24 de junho de 2006

Concerto Final

Estamos no final do ano lectivo, e, hoje, sábado 24 de Junho, realiza-se o Concerto Final da Academia de Música da Associação de Cultura Musical de Lousada.
Vai ser, como sempre, um grande espectáculo musical, como já nos habituou e o culminar de vários meses de trabalho.
Para todos os alunos, professores, funcionários, pais, encarregados de educação e toda a comunidade, votos de bom espectáculo e boas férias!

terça-feira, 13 de junho de 2006

O Ensino Vocacional da Música

O Dec-Lei 310/83 de 1 de Julho reestruturou o ensino da música, dança, teatro e cinema, e, reconhecendo a especificidade do ensino destas artes, integrou-as nos moldes gerais dos ensino básico, secundário e superior, comportando as componentes de formação geral e de formação vocacional. Possibilitou, igualmente, a sua frequência nos seguintes regimes: Integrado, Articulado e Supletivo.
A integração destas escolas no sistema geral de ensino não se realizou, contudo, de uma forma gradual, relativamente ao acompanhamento, à criação de quadros de professores das escolas públicas, à profissionalização e formação contínua dos decentes, à produção de novos programas e materiais de apoio pedagógico-didáctico. Daqui, surgem constrangimentos que decorrem da situação actual deste subsistema, no que se refere à sua integração no sistema geral de ensino e à sua regulação relativamente à organização das escolas, aos planos de estudo, aos programas e regimes de frequência.
O ensino artístico especializado da música vive há muito de ajustes e da variada legislação avulso e anacrónica comprometendo o sucesso escolar dos nossos alunos.
Apesar destas contrariedades e constrangimentos as Escolas de Música Particulares e Cooperativas (são as que asseguram o ensino da música no País) nasceram, cresceram e desenvolveram-se no âmbito Local/Regional permitindo uma igualdade de oportunidades a todas as crianças no acesso ao ensino da música, contemplando, desta forma, várias comunidades desfavorecidas. Estas Escolas do Ensino Particular e Cooperativo sobrevivem graças às propinas dos alunos e sob a forma de contratos de patrocínio com o Estado, ao abrigo do Despacho nº 9922/98 (2ª série) de 12 de Junho, que subsidiam os alunos de acordo com o regime de frequência.
Na preparação atempada do ano lectivo 2006/2007, e de forma a responder às necessidades da sua comunidade, a Academia de Música da Associação de Cultura Musical de Lousada, divulgou já a sua oferta educativa, assim como o novo preçário para o ano em curso. Contudo, foi surpreendida pelo Ofício-Circular da DREN de 6 de Junho de 2006, que compromete todo o trabalho desenvolvido.
O referido Ofício, com base num quadro de restrição orçamental, estabelece uma espécie de numerus clausus, para cada regime de frequência, no que diz respeito ao financiamento por parte do Estado. No seu ponto 3 pode ler-se: «os alunos comparticipados no ano lectivo 2006/2007 não poderão ultrapassar o número de alunos financiados, por regime, no ano lectivo 2005/2006».
Isto significa atar os pés e as mãos: não pode haver crescimento pois as escolas sem subsídio do Estado não têm possibilidade de sobreviver, a não ser que os Encarregados de Educação disponham de possibilidades financeiras capazes de suportar na íntegra todas as despesas com o seu educando. Mesmo admitindo esta possibilidade, o que na nossa realidade não se verifica, parece-me esta medida completamente injusta, retrógrada, salazarista e anticonstitucional. As crianças que por acaso nasceram um ano depois não podem beneficiar das mesmas condições daquelas que foram felizes em terem nascido um ano antes. Não pode haver, de forma nenhuma, dois pesos e duas medidas e quero muito menos acreditar que para se aprender música tem que se ser rico…
Acredito que o tempo seja de «vacas magras» mas não me parece, de forma nenhuma, que seja preciso cortar na educação para se amealhar mais alguns euros… especialmente quando se trata de ensino artístico sabendo que este representa um grande défice na educação dos portugueses. Cultura é desenvolvimento e um País só e desenvolvido se for suficientemente culto.
Faço desta forma um apelo a todas as Escolas para levantarem a sua voz, mostrarem a sua indignação e descontentamento, para que esta medida não vá em frente e seja invertida a favor de todos, principalmente das nossas crianças.



Referências bibliográficas:

Follhadela, P., Vasconcelos, A.Â. de, Palma, E. (1998). Ensino Especializado da Música : Reflexões de Escolas e Professores. Lisboa: ME/DES.
Dec-Lei 310/83 de 1 de Julho.
Ofício-Circular DREN 26/06 de 6 de Junho de 2006.

quarta-feira, 31 de maio de 2006

Encontro de coros

Olá
No próximo sábado, às 21.30 horas, no Auditório Municipal, vamos realizar o II Encontro de Coros
Vão estar em palco os Coros das Academias de Lousada, Castelo de Paiva e Àgueda.
É uma iniciativa promovida pela ACML. Não percam, venham assistir a este lindo evento e constatar como se canta bem nas nossas escolas.
E já agora...Façam o favor de serem felizes.
Bjs

sexta-feira, 26 de maio de 2006

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Parabéns, mas não só!

Foi com entusiasmo que recebi o nosso À Colcheia e apressei-me a lê-lo, pois estava extremamente curiosa por ver o resultado do trabalho e do empenho do novo Corpo Redactorial, formado por alguns alunos desta Academia.
Gostei de tudo: da cor; das fotografias; do editorial; das entrevistas; das curiosidades; do cantinho do aluno; da jovialidade, tanto da apresentação como da linguagem e dos assuntos tratados; apreciando principalmente o bem escritos que estavam a maioria dos artigos. Conclusão: estão todos de Parabéns.
No entanto houve um artigo no Cantinho do aluno que me espantou, agora pela negativa. O referido artigo era de um aluno, que embora se auto apelidasse de “humilde” me pareceu no mínimo atrevido.
O artigo começa por dizer que de há algum tempo a esta parte os alunos sentem vontade de apresentar projectos nos concertos finais e eu tenho que perguntar: Que alunos? É que os meus alunos estão fartos de apresentar ideias nos concertos. Quais projectos? É que a mim nunca nenhum outro aluno me propôs apoiar projecto algum. Porque desistem? A esta pergunta o “representante” desses alunos responde com facilidade! Supondo eu que as percentagens apresentadas, pela sua precisão, só poderiam ter resultado de um inquérito devidamente elaborado e de dados cientificamente tratados, felicito-o pela coragem de ter levado a cabo tal tarefa sem nenhum apoio por parte dos professores.
Este aluno é o mesmo que se apresentou no Concerto de Carnaval com um projecto autónomo, sem ter pedido apoio ou sequer opinião de nenhum professor, e embora eu não tenha entendido muito bem o objectivo da sua apresentação felicito-o por tal proeza.
Quer-me parecer que estamos numa escola bastante dinâmica e como prova podemos simplesmente consultar o Calendário de Actividades ou assistir a um qualquer concerto.
Quer-me parecer que alguns alunos também se mostram bastante dinâmicos e têm vindo a provar que são capazes de apresentar projectos consistentes, prova disso é por exemplo este jornal.
Quer-me parecer que os professores se mostram bastante receptivos às ideias e projectos dos alunos, prova disso é a recém criada Associação de Estudantes.
O que me quer parecer, infelizmente, é que este aluno simplesmente reivindica um tratamento que outros, talvez mais fazedores que faladores, já têm. Para mim, e ao longo da minha vida tem vindo a ser cada vez mais óbvio, existem coisas que não se impõem, conquistam-se. No entanto, estou ansiosa que o referido aluno me proponha qualquer projecto para eu apoiar.
Para finalizar, e porque aquilo que é bem feito deve ser bem elogiado, gostava de deixar novamente as minhas felicitações a todos os intervenientes no processo de elaboração deste jornal e pedir que continuem sempre a inovar.


Prof. Rute Cruz

Dia Mundial da Criança

Olá
No próximo dia 1 de Junho é o Dia Mundial da Criança, festejamos o dia dos "futuros adultos".
A nossa escola vai convidar vários Jardins de Infância para participarem nas nossas actividades musicais.
Vamos contar-lhes uma história à volta do piano, vamos mostrar-lhes o interior do piano, vamos jogar com o heroi da nossa história...
Para os nossos alunos a tarde será diferente, verão um DVD da Opereta "Um Sonho Mágico", cujos protagonistas são bem nossos conhecidos.
No final haverá uma surpresa!!!
Até lá.

quarta-feira, 24 de maio de 2006

Eureka consegui !!!!!

Sinto-me feliz, realizada, já não me sinto sozinha, depois de tantas tentativas consegui fazer o registo neste blog.
Agora já posso dizer o que penso, tendo a certeza que alguém me "ouve".
Este é quase o dia mais feliz da minha vida.
Enfim, até breve.

O concerto do passado sábado

Bom dia
É só para dizer que, quem não assistiu no passado sábado ao concerto realizado no Auditório Municipal, nem sabe o que perdeu...
Bem as Orquestras de Cordas e Sopros da Escola de Música de Perosinho e os Coros dos meninos do Conservatório do Vale do Sousa (ex. academia de música de Lousada), bem foi do melhor, o som suave e mágico daquelas cordas, com uma leve agressividade dos sopros , as vozes "angelicais" dos meninos e meninas e ainda a bela interpretação dos Solistas do "Rei Leão" ( que aliás estavam magnificamente pintados pelo Sr. Narciso Marques, desde já muito gratos lhe estamos), bem tudo isso foi excepcional foram uns momentos únicos.
Parabéns à Professora Sandra Monteiro que tem sido incansável a afinar aquelas cerca de 70 vozes (diabinhos...) não é fácil, mas muito gratificante.
Parabéns para todos.
Façam o favor de serem felizes.

terça-feira, 23 de maio de 2006

Matriculas para o ano lectivo 2006/2007

Olá
Estamos a chegar ao final do 3º período.
Então está na hora de pensares em te inscreveres para o próximo ano lectivo no Conservatório do Vale do Sousahttp://www.acmlousada.com (ex. Academia de Música de Lousada).
Aqui vai a informação dos curso que estão autorizados para lecccionar, tens muitos à escolha.
Inscreve-te naquele que mais te entusiasme.
Se quiseres mais informação dirige-te à Secretaria, as funcionárias dar-te-ão (com toda a simpatia) toda a informação.
Até lá!

sábado, 20 de maio de 2006

Recital de Oboé e Piano

Realizou-se ontém no Auditório Municipal o Recital de Oboé e Piano por Pedro Filipe e Susana Serra. Estes músicos formados na Universidade de Évora proporcionaram uma noite musical extremamente agradável, percorrendo um universo sonoro de influências populares: Bela BartóK, Astor Piazzola e por vezes com carácter divertido: Preludio e Variações sobre o Carnaval de Veneza.
Extremamente profissionais na sua apresentação, demonstraram, também, uma grande apreciação pela estrutura organizacional da Academia de Música, suas instalações e empreendimento dos seus profissionais e dirigentes: administrativos e pedagógicos, que têm trabalhado, incansavelmente, para a divulgação, promoção e ensino da Música nesta região.
Ficaram as músicas e as palavras... a promessa de novos encontros entre as populações escolares das diferentes escolas que representam: Óbidos, Leiria e Lousada.
Pela minha parte um abraço... e até sempre! A casa é vossa!

quinta-feira, 18 de maio de 2006

O Processo de Bolonha

O Processo de Bolonha teve na sua origem a «Declaração da Sorbonne», assinada conjuntamente pelos ministros da Educação dos quatro maiores países europeus a 25 de Maio de 1998, pela comemoração dos 800 anos daquela Universidade francesa. O objectivo era «harmonizar a arquitectura do sistema de Ensino Superior europeu».
Esta iniciativa partiu dos chamados países ricos e criou um certo mau estar e reacção dos países mais pequenos, pelo facto destes não terem sido previamente consultados. Nesta altura em França discutia-se o seguinte documento: o Relatório Attali, que defendia um Modelo Europeu de Ensino Superior, nos seguintes termos: «sem uniformizar os seus sistemas, os países da Europa deverão optar por uma certa harmonização dos cursos e dos diplomas e definir um modelo europeu específico, nem burocrático nem dominado pelo mercado. Só ele terá a dimensão necessária para suster a mundialização e promover os valores próprios de um continente onde, pela primeira vez na história moderna, foi criada uma universidade».
O Relatório Attali propunha o famoso sistema 3-5-8, não sendo de estranhar que muita gente acreditasse que esse sistema era o proposto pela «Declaração da Sorbonne».
Em 1988, em Bolonha, os reitores das universidades europeias já tinham subscrito a «Magna Charta Universitatum»; neste contexto, um pouco em reacção à «Declaração da Sorbonne», realizou-se nesta cidade italiana, em Junho de 1999, uma cimeira ministerial envolvendo 29 países. A «Declaração de Bolonha», então assinada, ficou conhecida por The European Higher Education Área. No sentido de alcançar a harmonização e uniformização dos sistemas de Ensino Superior a nível europeu, propunha-se aumentar a competitividade dos sistemas de ensino e promover a mobilidade e a empregabilidade no espaço europeu. É precisamente neste documento que constam as primeiras linhas de acção:
- adopção de um sistema de graus compreensíveis e comparáveis;
- adopção de um sistema baseado em dois ciclos de ensino;
- estabelecimento de um sistema de acumulação e transferência de créditos;
- promoção da mobilidade de estudantes, docentes, investigadores e outros trabalhadores, através da remoção de obstáculos administrativos e legais ao reconhecimento de diplomas;
- promoção da cooperação europeia na avaliação da qualidade do Ensino Superior;
- promoção da dimensão europeia do Ensino Superior.
Em Maio de 2001, Praga, uma nova cimeira ministerial avaliou o progresso e definiu novas etapas para o «Processo de Bolonha», definindo três novas linhas de acção:
- inclusão de estratégias de aprendizagem ao longo da vida;
- envolvimento das instituições de Ensino Superior e dos estudantes como parceiros essenciais do processo;
- promoção do Espaço Europeu de Ensino Superior, quer a nível europeu quer mundial.
Neste mesmo encontro a ESIB (Associações Nacionais de Estudantes na Europa), entre outras entidades, foi considerada membro observador e juntou-se ao Grupo de Acompanhamento.
Em Berlim, Setembro de 2003, nova reunião decorreu tendo sido decidido acelerar o processo através do estabelecimento de um prazo intermédio (2005) para concretização das seguintes etapas:
- certificação da qualidade do Ensino Superior;
- adopção da estrutura de ensino baseada em dois ciclos principais;
- reconhecimento dos graus: Licenciatura, Mestrado, Doutoramento, e períodos de estudo, através da emissão gratuita de um suplemento ao diploma, num idioma amplamente falado na Europa. Os ministros consideraram, ainda necessário, alargar o objectivo de dois ciclos de estudo, pelo que foi adicionada uma décima linha de acção:
- inclusão dos programas de doutoramento como um terceiro ciclo, promovendo a ligação entre o Espaço Europeu de Ensino Superior e o Espaço Europeu de Investigação.
Em Maio de 2005, teve lugar nova cimeira, desta vez em Bergen, que deu mais um passo rumo ao objectivo de criar uma Área Europeia de Ensino Superior (AEES) até 2010. Neste encontro o Grupo de Acompanhamento do «Processo de Bolonha» comprometeu-se a:
- reforçar a dimensão social do Processo;
- remover os obstáculos à mobilidade até 2007;
- implementar as linhas orientadoras da gestão/certificação da qualidade;
- implementar as estruturas nacionais de qualificações;
- criar e reconhecer diplomas conjuntos;
- criar percursos flexíveis de aprendizagem.
A próxima conferência será realizada em Londres em 2007.

Referência Bibliográfica:

Carvalho, M. (2006). Origem e evolução do “Processo de Bolonha”. Spn informação, Ano XXI
II série (4), pp. 14-15.

quarta-feira, 17 de maio de 2006

Audição de Classe

A Classe de Guitarra do Professor António Pacheco vai realizar, no dia 29 de Maio, a sua última aprersentação pública, onde participarão todos os seus alunos. O evento decorrerá, pelas 18,45 horas, nas instalações da Academia de Música.